sexta-feira, 22 de junho de 2012

Em Ponta Grossa com Ilze Scamparini


Namastê caros amigos leitores interplanetários.


Como estão vossas senhorias? Tudo em paz?

Aqui no planeta Terra também, graças a Deus. 

Bom, mais ou menos né? De acordo com o jornal da manhã temos alguns probleminhas para resolver. Coisa básica, problemas globais discutidos na Rio + 20 que não levam a lugar nenhum ...


crise na economia europeia com o euro na tábua da capitã Merkel...


... o presidente do Paraguai tá a ponto de sofrer impeachment  pela oposição anti - democrática...


... e na linda Manaus tá acontecendo uma enchente tão grave que a cidade inteira tá tendo que correr.


É meu povo onde esse globinho azul vai parar?


Eu nem sei por que fico assistindo a esses noticiários. Ainda bem que sou brasileiro e carioca o que ajuda e muito a não ficar deprê por causa de tantos problemas no nosso mundo. Imagina quem já tem tendência a ficar triste com notícias ruins? Melhor nem pensar. Minha mãe já disse para eu parar de assistir aos jornais, mas eu não consigo, preciso saber o que está acontecendo ao meu redor.

Acho que é porque sou muito curioso. Assisto até ao noticiário do canal alemão DW sem ao menos entender um ‘Danke’.


 Leio virtualmente a CNN México ...


...  o El Colombiano ...
... e o New York Times.


Ás vezes dou uma olhadinha no Le Monde.


Nada passa despercebido pelos meus olhos.

Acho que eu me sairia bem em curso de comunicação social. Eu gosto de me comunicar, seja com pessoas, animais, plantas, as paredes do meu quarto... O ser humano foi feito para se comunicar. Até os simpáticos monges do Tibet não ficam sem se comunicar. Afinal eles não estão ali para encontrar a si mesmos? Já é uma comunicação.

Não que eu não esteja feliz na minha área. Estou e muito feliz, graças a Deus. Através do turismo eu posso transitar em muitas áreas, como as da cultura e educação que tanto me fascinam e é esse eterno movimento que me faz viver. 


Buscar coisas novas, aprender, compartilhar o que sei e assim ir escrevendo na nossa tábua rasa da vida. Quem se lembra das aulas de filosofia do ensino médio levanta a mão. René Descartes feelings.

Ás vezes fico vendo os repórteres viajando pelo mundo e acho que gostaria de fazer isso.  Tem uma repórter da globo que eu invejo , positivamente, muito! É a Ilze Scamparini.


Há uns 10 anos ela vive na Itália e é correspondente na Europa. Qualquer coisa que aconteça naquele meiozinho ali entre França, Itália, Espanha, Portugal, Grécia e similares ela dá uma corridinha lá e faz a reportagem. Gente, olha só que coisa maneiríssima! Sem falar que ela tá ali em nada mais nada menos que Itália! 

Deu uma vontade de ir ver o Coliseu ela vai, “ahhh hoje quero ver os afrescos de Rafael no Vaticano, é aqui ao lado”. Enquanto nós assistimos a missa com o padre da igrejinha local, ela assiste com o Papa. Deve comer fetuccini todos os dias com o mais puro provolone e saboreando uma taça do valioso vinho da linda Toscana. Sem falar no botox natural que é o ar italiano né? Alguém já reparou na juventude da Ilze? Eu devo revelar que ela tem 54 anos? Melhor não né? Até porque nem parece.

Oh vidinha difícil! Essa até minha cachorra Paris Hilton queria. Aliás, sim, o nome da minha cachorra é Paris Hilton. Qualquer dia eu falo dela. 


Diz se não dá uma invejinha essa vida de correspondente na Itália. Eu deixei claro, na Itália, porque ninguém quer ser correspondente em Israel né? Não que Israel não seja um lugar bacana, eu até tenho vontade de conhecer, mas o povo lá briga por tudo e eu sou muito pacífico para isso.

Como eu disse o bom mesmo seria viver na terra da bota (para aqueles que faltaram à aula de história, a Itália tem forma de bota de cano alto com um salto de 10 cm) ...


... experimentando uva do pé ...


... correndo pelos campos gentis e explorando as ruínas centenárias. 


O mais perto de uma ruína que eu cheguei foi agora na viagem ao sul em que visitamos o Parque Estadual de Vila Velha.


Quando falamos em Vila Velha todo mundo lembra do Espírito Santo né? Mas esse é no sul. Foi uma visita rápida, mas muuuuuuito bacana. Vale muito a pena conhecer. A propósito, vamos falar dessa visita hoje? Pra quem já acompanha o blog sabe que essa visita ao sul rendeu. Começamos pela gélida e organizada Curitiba e seguimos, voando, para a cidade de Ponta Grossa, que fica apenas a 100 km de distância da capital paranaense.

A viagem de Curitiba a Ponta Grossa foi ótima. A paisagem é a mais linda que vocês possam imaginar, são vales e campos verdinhos a perder de vista como diz meu pai.


Aquela paisagem característica do pampa sulista que não deixa a dever nada aos campos da Toscana.



Eu amo o meu Rio de Janeiro com todo o coração, mas viveria feliz no sul do país : )

Nem sei se meus companheiros de viagem conseguiram aproveitar a paisagem, muitos estavam dormindo e outros assistindo aquele DVD blasfêmico que comentei antes. Eu, graças a minha capacidade zumbi de não dormir consegui ver tudo. Uma pena o ônibus ir tão rápido, eu vi pontes antigas, construções rochosas magníficas. Queria ter fotografado aquelas belezuras, mas o fato é que tínhamos horário marcado no parque, por isso tivemos que ir rápido.

Deixa eu explicar melhor o que é o Parque Estadual de Vila Velha. É um sítio geológico que mantém e preserva uma cadeia de formações rochosas que de acordo com a guia, Amanda, que nos acompanhou possui aproximadamente 340 milhões de anos. O nome Vila Velha vem da forma que o conjunto de rochas compõe vista de longe semelhante a uma vila medieval. E é verdade, de longe, ainda na estrada dava pra ver uma formação linda de rochas.


O Parque é dividido em três partes:
1. Os arenitos, que são as formações rochosas e que muitas possuem formas.
2. As Furnas que são 3 crateras de erosão no solo com cerca de 100 metros de profundidade.
3. A Lagoa Dourada que possui água cristalina e quando o sol se põe a areia do seu entorno brilha dando uma coloração dourada, por isso seu nome.

Chegamos na hora marcada em ponto. Uffa! 


A bilheteria fecha às 15h30min e o valor do ingresso varia de acordo com a quantidade de atrativos que você deseja visitar. Como chegamos em cima da hora e ainda iríamos seguir viagem, só fizemos a visita a um atrativo que é a cadeia de rochas. Por sermos estudantes pagamos meia entrada , ou seja, R$5,00. A relação de preços é a seguinte:


 - Brasileiros:      
R$ 18,00 (Furnas, Arenitos e Lagoa Dourada)
R$ 8,00 (Furnas e Lagoa Dourada)
R$ 10,00 (Arenitos)


- Estrangeiros:    
R$ 25,00 (Furnas, Arenitos e Lagoa Dourada)
R$ 10,00 (Furnas e Lagoa Dourada)
R$ 15,00 (Arenitos)

Chegamos e fomos comprar os ingressos. O parque fecha às 17h30min e até que fizéssemos o percurso dos arenitos já estaríamos cerca desse horário. A guia era uma moça simpática, que por pressa ou por entusiasmo dava uns saltos parecendo bailarina do municipal. O clima estava ótimo, com uma cara europeia digna da Ilze em Roma.


A guia iniciou falando um pouco sobre o parque, em linhas gerais, ela falou que ele foi criado em 1953 e que tinha uma área de 3122 hectares. Foi tombado pelo Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1966 e que em 2002 sofreu uma revitalização para receber os turistas e visitantes.


 A trilha é toda bem cuidada e sinalizada.



A cada rocha a guia nos identifica com qual objeto ou personagem ela se assemelha. Em algumas, de fato, conseguimos identificar algo, mas em outras nem com a imaginação do Tim Burton.

Essa é um camelo...


Essa claro é visível a garrafa da coca cola de 600 ml.



 Essa é a cabeça do índio. Eu só vejo a boca e depois dela ter sido atropelada por toda a tribo.


Essa não me lembro o que é. O que vocês acham?


Nessa eu juro que vi um urso olhando pro nada.  Teve gente que achou que era uma capivara, cotia... até uma coxinha... eita imaginação.


É uma trilha longa de uns 40 minutos. E olha o nosso look de caminhada.


O auge da trilha e também fim é quando chegamos a rocha com forma de taça, que inclusive é o cartão postal mais famoso de Ponta Grossa.

Tiramos a famosa foto em grupo junto à Taça. 


Depois de passarmos por essa rocha ainda caminhamos uns 25 minutos até o ponto inicial de onde saímos. Subimos escadas, passamos por cavernas e outras formações rochosas super interessantes.




Quando chegamos ao fim tiramos outra foto em grupo para registrar a visita que foi uma das melhores que já fiz. O parque é extremamente interessante, não só para quem estuda geografia e afins, mas por curiosidade e apreciação da formação rochosa e suas paisagens.


Quem estiver pelo Paraná, não pode deixar de conhecer.

Depois de conhecer o parque, seguimos nosso caminho rumo a Foz do Iguaçu. E vou dizer uma coisa, demorou tanto a chegar que quando o ônibus fazia alguma parada eu logo perguntava: “Já chegamos ao Uruguai? Já chegamos a Paris?”. E a realidade é que estávamos ainda entre as campinas gentis do Paraná. 

Bom, mas não posso reclamar de nada, foi uma visita técnica incrível. E agora falando sobre a visita, me arrependo de não ter feito um vídeo bem bacana no parque para fazer inveja aos campos da Toscana da Ilze. Na próxima ela não me escapa!


Onde eu não estou, as palavras me acham. 
Manoel de Barros

















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