Namastê caros amigos leitores interplanetários.
Como
estão vossas senhorias? Tudo em paz?
Aqui
no planeta Terra também, graças a Deus.
Bom,
mais ou menos né? De acordo com o jornal da manhã temos alguns probleminhas
para resolver. Coisa básica, problemas globais discutidos na Rio + 20 que não
levam a lugar nenhum ...
crise
na economia europeia com o euro na tábua da capitã Merkel...
... o
presidente do Paraguai tá a ponto de sofrer impeachment pela oposição anti - democrática...
... e
na linda Manaus tá acontecendo uma enchente tão grave que a cidade inteira tá
tendo que correr.
É
meu povo onde esse globinho azul vai parar?
Eu
nem sei por que fico assistindo a esses noticiários. Ainda bem que sou brasileiro
e carioca o que ajuda e muito a não ficar deprê por causa de tantos problemas
no nosso mundo. Imagina quem já tem tendência a ficar triste com notícias
ruins? Melhor nem pensar. Minha mãe já disse para eu parar de assistir aos
jornais, mas eu não consigo, preciso saber o que está acontecendo ao meu redor.
Acho
que é porque sou muito curioso. Assisto até ao noticiário do canal alemão DW
sem ao menos entender um ‘Danke’.
... o El Colombiano ...
... e o New York Times.
Ás
vezes dou uma olhadinha no Le Monde.
Nada
passa despercebido pelos meus olhos.
Acho
que eu me sairia bem em curso de comunicação social. Eu gosto de me comunicar,
seja com pessoas, animais, plantas, as paredes do meu quarto... O ser humano
foi feito para se comunicar. Até os simpáticos monges do Tibet não ficam sem se
comunicar. Afinal eles não estão ali para encontrar a si mesmos? Já é uma
comunicação.
Não
que eu não esteja feliz na minha área. Estou e muito feliz, graças a Deus.
Através do turismo eu posso transitar em muitas áreas, como as da cultura e
educação que tanto me fascinam e é esse eterno movimento que me faz viver.
Buscar
coisas novas, aprender, compartilhar o que sei e assim ir escrevendo na nossa
tábua rasa da vida. Quem se lembra das aulas de filosofia do ensino médio
levanta a mão. René Descartes feelings.
Ás
vezes fico vendo os repórteres viajando pelo mundo e acho que gostaria de fazer
isso. Tem uma repórter da globo que eu
invejo , positivamente, muito! É a Ilze Scamparini.
Há
uns 10 anos ela vive na Itália e é correspondente na Europa. Qualquer coisa que
aconteça naquele meiozinho ali entre França, Itália, Espanha, Portugal, Grécia
e similares ela dá uma corridinha lá e faz a reportagem. Gente, olha só que
coisa maneiríssima! Sem falar que ela tá ali em nada mais nada menos que
Itália!
Deu
uma vontade de ir ver o Coliseu ela vai, “ahhh hoje quero ver os afrescos de
Rafael no Vaticano, é aqui ao lado”. Enquanto nós assistimos a missa com o
padre da igrejinha local, ela assiste com o Papa. Deve comer fetuccini todos os
dias com o mais puro provolone e saboreando uma taça do valioso vinho da linda
Toscana. Sem falar no botox natural que é o ar italiano né? Alguém já reparou
na juventude da Ilze? Eu devo revelar que ela tem 54 anos? Melhor não né? Até
porque nem parece.
Oh
vidinha difícil! Essa até minha cachorra Paris Hilton queria. Aliás, sim, o
nome da minha cachorra é Paris Hilton. Qualquer dia eu falo dela.
Diz
se não dá uma invejinha essa vida de correspondente na Itália. Eu deixei claro,
na Itália, porque ninguém quer ser correspondente em Israel né? Não que Israel
não seja um lugar bacana, eu até tenho vontade de conhecer, mas o povo lá briga
por tudo e eu sou muito pacífico para isso.
Como
eu disse o bom mesmo seria viver na terra da bota (para aqueles que faltaram à
aula de história, a Itália tem forma de bota de cano alto com um salto de 10
cm) ...
... experimentando
uva do pé ...
... correndo
pelos campos gentis e explorando as ruínas centenárias.
O
mais perto de uma ruína que eu cheguei foi agora na viagem ao sul em que
visitamos o Parque Estadual de Vila Velha.
Quando
falamos em Vila Velha todo mundo lembra do Espírito Santo né? Mas esse é no
sul. Foi uma visita rápida, mas muuuuuuito bacana. Vale muito a pena conhecer. A
propósito, vamos falar dessa visita hoje? Pra quem já acompanha o blog sabe que
essa visita ao sul rendeu. Começamos pela gélida e organizada Curitiba e
seguimos, voando, para a cidade de Ponta Grossa, que fica apenas a 100 km de
distância da capital paranaense.
A
viagem de Curitiba a Ponta Grossa foi ótima. A paisagem é a mais linda que
vocês possam imaginar, são vales e campos verdinhos a perder de vista como diz meu
pai.
Aquela
paisagem característica do pampa sulista que não deixa a dever nada aos campos
da Toscana.
Eu amo o meu Rio de Janeiro com todo o coração, mas viveria feliz no sul do país : )
Nem
sei se meus companheiros de viagem conseguiram aproveitar a paisagem, muitos
estavam dormindo e outros assistindo aquele DVD blasfêmico que comentei antes.
Eu, graças a minha capacidade zumbi de não dormir consegui ver tudo. Uma pena o
ônibus ir tão rápido, eu vi pontes antigas, construções rochosas magníficas.
Queria ter fotografado aquelas belezuras, mas o fato é que tínhamos horário
marcado no parque, por isso tivemos que ir rápido.
Deixa
eu explicar melhor o que é o Parque Estadual de Vila Velha. É um sítio
geológico que mantém e preserva uma cadeia de formações rochosas que de acordo
com a guia, Amanda, que nos acompanhou possui aproximadamente 340 milhões de
anos. O nome Vila Velha vem da forma que o conjunto de rochas compõe vista de
longe semelhante a uma vila medieval. E é verdade, de longe, ainda na estrada
dava pra ver uma formação linda de rochas.
O
Parque é dividido em três partes:
1.
Os arenitos, que são as formações rochosas e que muitas possuem formas.
2.
As Furnas que são 3 crateras de erosão no solo com cerca de 100 metros de
profundidade.
3.
A Lagoa Dourada que possui água cristalina e quando o sol se põe a areia do seu
entorno brilha dando uma coloração dourada, por isso seu nome.
Chegamos
na hora marcada em ponto. Uffa!
A bilheteria fecha às 15h30min e o valor do
ingresso varia de acordo com a quantidade de atrativos que você deseja visitar.
Como chegamos em cima da hora e ainda iríamos seguir viagem, só fizemos a visita
a um atrativo que é a cadeia de rochas. Por sermos estudantes pagamos meia
entrada , ou seja, R$5,00. A relação de preços é a seguinte:
R$ 18,00 (Furnas, Arenitos e Lagoa Dourada)
R$ 8,00 (Furnas e Lagoa Dourada)
R$ 10,00 (Arenitos)
- Estrangeiros:
R$ 25,00 (Furnas, Arenitos e Lagoa Dourada)
R$ 10,00 (Furnas e Lagoa Dourada)
R$ 15,00 (Arenitos)
R$ 25,00 (Furnas, Arenitos e Lagoa Dourada)
R$ 10,00 (Furnas e Lagoa Dourada)
R$ 15,00 (Arenitos)
Chegamos
e fomos comprar os ingressos. O parque fecha às 17h30min e até que fizéssemos o
percurso dos arenitos já estaríamos cerca desse horário. A guia era uma moça
simpática, que por pressa ou por entusiasmo dava uns saltos parecendo bailarina
do municipal. O clima estava ótimo, com uma cara europeia digna da Ilze em Roma.
A
guia iniciou falando um pouco sobre o parque, em linhas gerais, ela falou que
ele foi criado em 1953 e que tinha uma área de 3122 hectares. Foi tombado pelo
Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1966 e que em
2002 sofreu uma revitalização para receber os turistas e visitantes.
A
cada rocha a guia nos identifica com qual objeto ou personagem ela se
assemelha. Em algumas, de fato, conseguimos identificar algo, mas em outras nem
com a imaginação do Tim Burton.
Essa
é um camelo...
Essa
claro é visível a garrafa da coca cola de 600 ml.
Essa
não me lembro o que é. O que vocês acham?
Nessa
eu juro que vi um urso olhando pro nada. Teve gente que achou que era uma capivara,
cotia... até uma coxinha... eita imaginação.
É
uma trilha longa de uns 40 minutos. E olha o nosso look de caminhada.
O
auge da trilha e também fim é quando chegamos a rocha com forma de taça, que
inclusive é o cartão postal mais famoso de Ponta Grossa.
Tiramos
a famosa foto em grupo junto à Taça.
Depois
de passarmos por essa rocha ainda caminhamos uns 25 minutos até o ponto inicial
de onde saímos. Subimos escadas, passamos por cavernas e outras formações
rochosas super interessantes.
Quando
chegamos ao fim tiramos outra foto em grupo para registrar a visita que foi uma
das melhores que já fiz. O parque é extremamente interessante, não só para quem
estuda geografia e afins, mas por curiosidade e apreciação da formação rochosa
e suas paisagens.
Quem
estiver pelo Paraná, não pode deixar de conhecer.
Depois
de conhecer o parque, seguimos nosso caminho rumo a Foz do Iguaçu. E vou dizer
uma coisa, demorou tanto a chegar que quando o ônibus fazia alguma parada eu
logo perguntava: “Já chegamos ao Uruguai? Já chegamos a Paris?”. E a realidade
é que estávamos ainda entre as campinas gentis do Paraná.
Bom,
mas não posso reclamar de nada, foi uma visita técnica incrível. E agora falando
sobre a visita, me arrependo de não ter feito um vídeo bem bacana no parque para
fazer inveja aos campos da Toscana da Ilze. Na próxima ela não me escapa!
Onde eu não estou, as palavras me acham.
Manoel de Barros
Manoel de Barros
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