Que solzão bonito esse
hein? Nosso Rio sempre abençoado com esse céu tão perfeito. Hoje acordei bem
cedo como sempre. Tenho amigos que me chamam de zumbi porque acham que eu não
durmo.
Eu durmo sim pessoal! Só tenho o sono leve, herança do meu pai. Meu pai é assim, você pode
falar com ele a qualquer hora da madrugada que ele vai te responder. Genética
né? Quem entende disso é minha amiga Layane Duarte que cursa biologia. Alguém
gostava dessa matéria na escola? Eu achava bem chato ter que ficar cruzando a x
A e o lance de cromossomos... não era minha praia. Gostava mais das histórias
da evolução humana, dos reinos... Eu gostava de química. Sou um pouco metódico,
então me divertia decorando a tabela periódica e as cargas dos elementos. Bons
tempos né?
Bom, mas vamos ao que
interessa. Eu não vim aqui hoje para beber da nostalgia, embora seja uma bebida
da qual muito eu aprecio. Acordei cedo, fiz tudo que tinha que fazer para poder
ter esse momento com meus queridos leitores.
Estou aqui para darmos
seguimento a nossa visita à Brasília. Se
vocês bem se lembram é uma visita longa e por isso teve que ser dividida, mas vale
a pena esperar porque Brasília é uma cidade muito simpática e bem diferente das
demais cidades que vossas pessoas conhecem.
Vocês se lembram de
onde paramos? Fomos dormir depois de encarar um rally para chegar a Brasília e
de visitar dois ministérios, beber um mar de suco de acerola e gravar um vídeo para
o SEBRAE às 23h da noite cansados e com a barriga redonda de tanto líquido.
Vamos dar continuidade
ao segundo dia na capital do país. Nossos compromissos começavam às 9 da manhã.
Até parece que essa é a agenda horária dos parlamentares né? Não vamos tocar
nessa questão vergonhosa. Quem nos acompanhou durante esse percurso todo foram
as representantes do ministério da educação e de uma empresa de eventos
contratada. O pessoal do eventos era legal, já as representantes do ministério
eu dispensava a presença.
Acordei, meu colega de
quarto ainda estava dormindo e assim ficou por um bom tempo. Tomei banho e
troquei de roupa sem fazer barulho, respeitar o sono dos outros é ser educado. Fui
tomar café da manhã e encontrar com minha equipe. Engordei 5 quilos no café, só
não engordei 10 porque tinha que esperar a hora do almoço.
O fato é que o dia
seria cheio de visitas e precisava reforçar meu estomagozinho. Além do mais
seria meu último café da manhã nesse hotel tão bacana. Pois é, no final do dia
seria a nossa premiação. Eu já acordei ansioso. Estar entre os melhores do país
era muito bom, mas sempre há aquela voz interior que pede o primeiro lugar né?
Enfim, não vamos
colocar a carroça na frente dos bois e vamos aproveitar nosso passeio.
Depois
do café, como habitual, voltei ao quarto, pequei meus trecos e escovei os
dentes. Meu colega de quarto já estava acordado com uma cara de amassado que
até parecia que não tinha dormido nada. Acho que as pessoas no nordeste tem o
hábito de dormir mais porque levam a vida num ritmo mais tranquilo enquanto
aqui no sudeste somos mais desesperados pela rotina capitalista que nos domina.
Tem gente que fala que
no nordeste as pessoas são preguiçosas e não trabalham. Quem conhece o país
sabe que isso é mentira. Vide “Os Sertões” de Euclides da Cunha.
Ali mostra o quanto
nosso querido povo nordestino trabalha. O que acontece é que assim como eu
disse, lá eles levam a vida num ritmo mais leve, mais suave, sem correria.
Voltando à capital do
país, ainda no quarto abri a janela para dar uma sacada no clima. Olha que linda
Brasília toda plana.
O dia estava a nosso
favor, céu azul e calor razoável. Típico clima brasiliense. O tempo ainda não
estava tão seco.
Nosso primeiro compromisso
do dia seria o atrativo mais visitado da cidade: a lindíssima Catedral
Metropolitana projetada por ninguém mais ninguém menos que o respeitadíssimo
Oscar Niemeyer.
Saímos do setor
hoteleiro e fomos em direção à Catedral.
Olha o pessoal da
limpeza aí que com certeza acordou mais cedo que eu para deixar a cidade bem
limpinha e apresentável. Esse pessoal arrasa!
Não demorou nem 10
minutos e já avistei aquele formato curioso que tem a linda Catedral.
A propósito, vou
aproveitar para explicar um pouco sobre a Catedral para quem não conhece. Seu
nome oficial é Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira
do país, porém é mais conhecida como Catedral de Brasília ou metropolitana.
Foi o primeiro
monumento a ser construído na capital tendo sua pedra fundamental lançada em
1958. Geralmente acontece esse processo né? A igreja é construída e ao seu entorno,
as casas e o comércio vão se desenvolvendo.
Vamos chegar mais
perto.
Descemos do ônibus.
A igreja é
hipnotizante e como eu disse muito curiosa, como todas as fantásticas obras do
Niemeyer. Tá vendo essa área circular?
Tem setenta
metros de diâmetro e há 16 colunas entrelaçadas ali que pesam 90 toneladas.
Não, vocês não leram errado, eu disse 90 toneladas.
O legal é assim que quando você chega, você fica impressionado com toda a estrutura da igreja e em seguida
pensa: “ ué, por onde é que a gente entra?”. Como estávamos acompanhados com a equipe de
Brasília não demorou muito a descobrir. A entrada é por uma passagem subterrânea.
Eu sei, tinha que ser Niemeyer.
Descemos ansiosos pela
passagem que é um tanto longa, razão pela qual acredito que é para impactar
quando chegamos ao final e damos de cara com uma luz azul linda que vem do céu.
Lembram-se das 16 colunas?
Aí está o efeito. A nave tem um vitral composto por 16 peças em fibra de vidro
nas tonalidades azul, branco, marrom e verde.
Não há adjetivos né?
Eu sei. É tudo tão lindo. Você fica até de boca aberta. Não sabe para onde
olhar. A igreja que do alto parece pequena, de baixo ela é gigante. Parece um
mar cheio de ondas.
Do céu descem 3 anjos
de uns 3 metros e que devem pesar uns
100 kgs cada.
Tá vendo o altar ali
atrás? Advinha por quem foi doado? Apenas pelo Papa Paulo VI.
Para concluir, não
podemos nos esquecer da réplica da Pietá à esquerda. A foto está de longe
porque chegamos no momento da limpeza , então não era possível chegar mais
perto.
A igreja é tão
fascinante que se não me chamam para tirar a foto em grupo eu não lembraria que
tínhamos que seguir o trajeto. Que dá vontade de ficar ali pra sempre dá.
Pra quem quiser conhecer melhor a igreja é só acessar esse link : (http://www.guiabsb.com.br/pontos-turisticos/religiosidade-e-mistico/foto-360-catedral-de-brasilia-brasilia-df.html ).
Tem um tour virtual pelo interior da catedral.
Na saída ainda tirei
uma foto com a estátua de um dos evangelistas que ficam na praça próxima à
igreja.
Momento de entrar no
ônibus outra vez.
Próxima parada: centro político da nação: Congresso Nacional.
De dentro do ônibus mesmo eu já tirei uma foto do Congresso. Eu fico pensando
se todos que o olham pela primeira vez pensam o mesmo que eu: Um waffle junto
de um prato de mingau.
Descer do ônibus.
Wow que gramado verde.
Dá só uma olhada. Nem o Edward Mãos de Tesoura faria um gramado tão simétrico.
Olha ai os
responsáveis.
Não me perguntem o
tamanho desse gramado, eu só sei que parecem dois campos de futebol unidos pela
força dos braços de uns 10 jardineiros que devem ficar o dia todo aí pra lá e
pra cá. Até esse homem ir e voltar de um lado ao outro já morreu o boi e o
tocador como diz minha mãe.
Bom, mas vamos
entender que o Congresso Nacional é o centro político do país, por isso deve
estar sempre bem apresentável. E convenhamos que ele é lindo. Uma parte do
jardim é rodeada pelas bandeiras dos estados brasileiros.
O que são pontinhos
coloridos num ponto verde? São as equipes vindo pelo gramado.
Olha que linda a
passarela por onde o presidente desce quando ganha a eleição. È essa não é?
Gente, não me confunda.
Olha que foto de
cartão postal.
O Congresso é cercado
por esse espelho de água lindo. Quero um igual na minha casa.
Não vamos ficar
olhando de fora né? Vamos entrar então.
O hall do Congresso é
simpático, mas não se compara à beleza do exterior.
Tínhamos um encontro
com um político que não me lembro de qual apito ele tocava.
Ficamos uns 30 minutos aí falando sobre os
nossos projetos. Vou dizer a verdade, estava chato! Minha equipe não falou até
porque tínhamos tempo marcado então depois de umas 5 equipes se apresentarem
fomos alertados que tínhamos que seguir. Graças a Deus. Já estava enfadonho
ali.
Brasileiros, vamos lá,
o que há no interior do Congresso Nacional? Um abraço para quem respondeu o
Senado! É, lá onde os políticos decidem os rumos do nosso país. É um espaço
muito legal.
O Senado é cheio de
corredores igual aos do ministério.
Saímos do Senado e lá
fora o calor já nos dominava. Olha que prédio imenso encontrei pelo caminho.
Entramos no ônibus
novamente. Já estava ficando cansativo esse entre e sai.
Desde o Senado iríamos
à Praça dos 3 Poderes. Eu aproveitei para ir ao Supremo Tribunal Federal
visitar a estátua da Justiça que fica ali sentadinha com sua espada nas mãos.
O Supremo fica em um
espaço amplo.
Há um monumento ao
presidente do lema de 50 anos em 5 : Juscelino Kubitscheck. Olha aí o meu
colega de quarto.
Fomos ao Espaço Lúcio
Costa que tem maquetes super elaboradas de toda a cidade.
Ficamos ali alguns
minutos e logo fomos para o ônibus novamente. Lá o pessoal da equipe de eventos
nos serviu lanche. Eu não quis comer, só queria água porque o sol estava
literalmente me matando. Onde estão minhas árvores cariocas?
Ainda tinha mais um
lugar para visitar: Palácio da Alvorada, a casa do presidente.
È um lugar um tanto
quanto longe. Foram umas voltas infinitas por estradas sem nada. Encontramos
pelo caminho a ponte recém-inaugurada Juscelino Kubitschek.
Olha como o tempo desse lado da cidade estava
escuro. Dá uma olhada nessa água toda. Parece um mar né? Mas não é! Lembrem-se que Brasília não é litorânea. Essa simpática água vem do Lago Paranoá.
Acabamos de ver um céu
escuro né? Agora vamos olhar para o outro lado. Uhum, que loucura né? Tá vendo,
não é só o tempo carioca que é indeciso.
O Palácio da Alvorada
é muito bonito. Nós não fomos ao Palácio em si, mas desde o jardim, que
inclusive tinha o gramado tão verde quanto o do Congresso, dava pra ver que é
um bom lugar para o presidente passar se tempo. Nessa água aí tinham
umas carpas bem gordas. Se eu morasse aqui iria ficar com os pés na água o dia
todo.
Quem entende um pouco
de política sabe que na casa dos chefes de governo sempre há uma guarda né? Por
exemplo, no Palácio de Buckhingam há os oficiais que ficam com esse espanador
horrível na cabeça.
Aliás, vocês sabiam
que a troca de guarda é um dos maiores atrativos turísticos da Grã Bretanha? É um baita evento que ocorre todos os dias às 11h 30.
Aqui no nosso lindo
país, temos os Dragões da Independência que ficam ali em pé grande parte do
dia, sem sorrir, bocejar ou coçar o olho. E ainda tem que aturar os turistas
tirando fotos com ele como se fossem papagaios do zoológico do Rio.
Não posso falar nada
porque olha eu ali na foto.
Na onda da piada
fizemos até a dança do siri diante da casa do presidente.
Adivinhem qual foi o
próximo passo? Entrar no ônibus! Nem os safáris na África são esse entre e sai,
até porque se sair muito não volta né? Pode virar almoço de leão.
Bom, agora acho que
todos já estavam cansados desse intensivão de visitas e decidimos voltar ao
hotel.
No caminho ainda passamos
pelo Palácio da Justiça que é absurdamente lindo com essa queda d’água transparente.
Depois de alguns
minutos chegamos ao setor hoteleiro. Olha quantos hotéis um atrás do outro.
Ufa chegamos ao nosso
hotel. Fui logo tomar banho e trocar de roupa.
Aproveitei depois para
descansar um pouco na piscina do hotel.
Nossa que dia! E ainda
nem tinha começado. Mais tarde seria a
premiação e eu iria descobrir que meu projeto teria ganhado em primeiro lugar.
Essa emoção é muito forte pessoal, por isso vai ficar para um próximo post.
Convenhamos que ele merece ser bem desenvolvido né? Vamos reservar então um
posto só para a premiação.
Prometo que vou
escrever em um tempo menor que levei para escrever esse. Enquanto isso vocês
fiquem em paz. Hoje é domingo e aproveitem para descansar bastante porque
segunda- feira é um pulo e vocês sabem: vivemos em Tempos Modernos.
Paz!
Onde eu não estou, as palavras me acham.
Manoel de Barros
Manoel de Barros
Nenhum comentário:
Postar um comentário