sábado, 7 de julho de 2012

Nostalgia em Tempos Modernos

Shalom amigos terrestres.


Que solzão bonito esse hein? Nosso Rio sempre abençoado com esse céu tão perfeito. Hoje acordei bem cedo como sempre. Tenho amigos que me chamam de zumbi porque acham que eu não durmo. 


Eu durmo sim pessoal! Só tenho o sono leve, herança do meu pai. Meu pai é assim, você pode falar com ele a qualquer hora da madrugada que ele vai te responder. Genética né? Quem entende disso é minha amiga Layane Duarte que cursa biologia. Alguém gostava dessa matéria na escola? Eu achava bem chato ter que ficar cruzando a x A e o lance de cromossomos... não era minha praia. Gostava mais das histórias da evolução humana, dos reinos... Eu gostava de química. Sou um pouco metódico, então me divertia decorando a tabela periódica e as cargas dos elementos. Bons tempos né?

Bom, mas vamos ao que interessa. Eu não vim aqui hoje para beber da nostalgia, embora seja uma bebida da qual muito eu aprecio. Acordei cedo, fiz tudo que tinha que fazer para poder ter esse momento com meus queridos leitores.

Estou aqui para darmos seguimento a nossa visita à Brasília.  Se vocês bem se lembram é uma visita longa e por isso teve que ser dividida, mas vale a pena esperar porque Brasília é uma cidade muito simpática e bem diferente das demais cidades que vossas pessoas conhecem.

Vocês se lembram de onde paramos? Fomos dormir depois de encarar um rally para chegar a Brasília e de visitar dois ministérios, beber um mar de suco de acerola e gravar um vídeo para o SEBRAE às 23h da noite cansados e com a barriga redonda de tanto líquido.

Vamos dar continuidade ao segundo dia na capital do país. Nossos compromissos começavam às 9 da manhã. Até parece que essa é a agenda horária dos parlamentares né? Não vamos tocar nessa questão vergonhosa. Quem nos acompanhou durante esse percurso todo foram as representantes do ministério da educação e de uma empresa de eventos contratada. O pessoal do eventos era legal, já as representantes do ministério eu dispensava a presença. 

Acordei, meu colega de quarto ainda estava dormindo e assim ficou por um bom tempo. Tomei banho e troquei de roupa sem fazer barulho, respeitar o sono dos outros é ser educado. Fui tomar café da manhã e encontrar com minha equipe. Engordei 5 quilos no café, só não engordei 10 porque tinha que esperar a hora do almoço. 

O fato é que o dia seria cheio de visitas e precisava reforçar meu estomagozinho. Além do mais seria meu último café da manhã nesse hotel tão bacana. Pois é, no final do dia seria a nossa premiação. Eu já acordei ansioso. Estar entre os melhores do país era muito bom, mas sempre há aquela voz interior que pede o primeiro lugar né? 

Enfim, não vamos colocar a carroça na frente dos bois e vamos aproveitar nosso passeio.


Depois do café, como habitual, voltei ao quarto, pequei meus trecos e escovei os dentes. Meu colega de quarto já estava acordado com uma cara de amassado que até parecia que não tinha dormido nada. Acho que as pessoas no nordeste tem o hábito de dormir mais porque levam a vida num ritmo mais tranquilo enquanto aqui no sudeste somos mais desesperados pela rotina capitalista que nos domina.

Tem gente que fala que no nordeste as pessoas são preguiçosas e não trabalham. Quem conhece o país sabe que isso é mentira. Vide “Os Sertões” de Euclides da Cunha. 


Ali mostra o quanto nosso querido povo nordestino trabalha. O que acontece é que assim como eu disse, lá eles levam a vida num ritmo mais leve, mais suave, sem correria.


Voltando à capital do país, ainda no quarto abri a janela para dar uma sacada no clima. Olha que linda Brasília toda plana.


O dia estava a nosso favor, céu azul e calor razoável. Típico clima brasiliense. O tempo ainda não estava tão seco.

Nosso primeiro compromisso do dia seria o atrativo mais visitado da cidade: a lindíssima Catedral Metropolitana projetada por ninguém mais ninguém menos que o respeitadíssimo Oscar Niemeyer.

Saímos do setor hoteleiro e fomos em direção à Catedral.


Olha o pessoal da limpeza aí que com certeza acordou mais cedo que eu para deixar a cidade bem limpinha e apresentável. Esse pessoal arrasa!


Não demorou nem 10 minutos e já avistei aquele formato curioso que tem a linda Catedral.


A propósito, vou aproveitar para explicar um pouco sobre a Catedral para quem não conhece. Seu nome oficial é Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do país, porém é mais conhecida como Catedral de Brasília ou metropolitana.

Foi o primeiro monumento a ser construído na capital tendo sua pedra fundamental lançada em 1958. Geralmente acontece esse processo né? A igreja é construída e ao seu entorno, as casas e o comércio vão se desenvolvendo.

Vamos chegar mais perto. 

Descemos do ônibus.

 Eu já desci tirando foto.


A igreja é hipnotizante e como eu disse muito curiosa, como todas as fantásticas obras do Niemeyer. Tá vendo essa área circular? 


Tem setenta metros de diâmetro e há 16 colunas entrelaçadas ali que pesam 90 toneladas. Não, vocês não leram errado, eu disse 90 toneladas. 

O legal é assim que quando você chega, você fica impressionado com toda a estrutura da igreja e em seguida pensa: “ ué, por onde é que a gente entra?”.  Como estávamos acompanhados com a equipe de Brasília não demorou muito a descobrir. A entrada é por uma passagem subterrânea. Eu sei, tinha que ser Niemeyer.


Descemos ansiosos pela passagem que é um tanto longa, razão pela qual acredito que é para impactar quando chegamos ao final e damos de cara com uma luz azul linda que vem do céu. 


Lembram-se das 16 colunas? Aí está o efeito. A nave tem um vitral composto por 16 peças em fibra de vidro nas tonalidades azul, branco, marrom e verde.


Não há adjetivos né? Eu sei. É tudo tão lindo. Você fica até de boca aberta. Não sabe para onde olhar. A igreja que do alto parece pequena, de baixo ela é gigante. Parece um mar cheio de ondas. 


Do céu descem 3 anjos de uns 3 metros  e que devem pesar uns 100 kgs cada.



 As paredes são de mármore.


Tá vendo o altar ali atrás? Advinha por quem foi doado? Apenas pelo Papa Paulo VI.


Para concluir, não podemos nos esquecer da réplica da Pietá à esquerda. A foto está de longe porque chegamos no momento da limpeza , então não era possível chegar mais perto.


A igreja é tão fascinante que se não me chamam para tirar a foto em grupo eu não lembraria que tínhamos que seguir o trajeto. Que dá vontade de ficar ali pra sempre dá.


Pra quem quiser conhecer melhor a igreja é só acessar esse link : (http://www.guiabsb.com.br/pontos-turisticos/religiosidade-e-mistico/foto-360-catedral-de-brasilia-brasilia-df.html ). 

Tem um tour virtual pelo interior da catedral.

Na saída ainda tirei uma foto com a estátua de um dos evangelistas que ficam na praça próxima à igreja.


Momento de entrar no ônibus outra vez. 


Próxima parada: centro político da nação: Congresso Nacional. De dentro do ônibus mesmo eu já tirei uma foto do Congresso. Eu fico pensando se todos que o olham pela primeira vez pensam o mesmo que eu: Um waffle junto de um prato de mingau. 


Descer do ônibus.



Wow que gramado verde. Dá só uma olhada. Nem o Edward Mãos de Tesoura faria um gramado tão simétrico.


Olha ai os responsáveis.


Não me perguntem o tamanho desse gramado, eu só sei que parecem dois campos de futebol unidos pela força dos braços de uns 10 jardineiros que devem ficar o dia todo aí pra lá e pra cá. Até esse homem ir e voltar de um lado ao outro já morreu o boi e o tocador como diz minha mãe.

Bom, mas vamos entender que o Congresso Nacional é o centro político do país, por isso deve estar sempre bem apresentável. E convenhamos que ele é lindo. Uma parte do jardim é rodeada pelas bandeiras dos estados brasileiros.


O que são pontinhos coloridos num ponto verde? São as equipes vindo pelo gramado.


Olha que linda a passarela por onde o presidente desce quando ganha a eleição. È essa não é? Gente, não me confunda. 


Olha que foto de cartão postal.


O Congresso é cercado por esse espelho de água lindo. Quero um igual na minha casa.


Não vamos ficar olhando de fora né? Vamos entrar então.


O hall do Congresso é simpático, mas não se compara à beleza do exterior.


Tínhamos um encontro com um político que não me lembro de qual apito ele tocava.


Ficamos uns 30 minutos aí falando sobre os nossos projetos. Vou dizer a verdade, estava chato! Minha equipe não falou até porque tínhamos tempo marcado então depois de umas 5 equipes se apresentarem fomos alertados que tínhamos que seguir. Graças a Deus. Já estava enfadonho ali.

Brasileiros, vamos lá, o que há no interior do Congresso Nacional? Um abraço para quem respondeu o Senado! É, lá onde os políticos decidem os rumos do nosso país. É um espaço muito legal.


O Senado é cheio de corredores igual aos do ministério. 


Saímos do Senado e lá fora o calor já nos dominava. Olha que prédio imenso encontrei pelo caminho.


Entramos no ônibus novamente. Já estava ficando cansativo esse entre e sai.


Desde o Senado iríamos à Praça dos 3 Poderes. Eu aproveitei para ir ao Supremo Tribunal Federal visitar a estátua da Justiça que fica ali sentadinha com sua espada nas mãos.


O Supremo fica em um espaço amplo.


Há um monumento ao presidente do lema de 50 anos em 5 : Juscelino Kubitscheck. Olha aí o meu colega de quarto.


Fomos ao Espaço Lúcio Costa que tem maquetes super elaboradas de toda a cidade.



Ficamos ali alguns minutos e logo fomos para o ônibus novamente. Lá o pessoal da equipe de eventos nos serviu lanche. Eu não quis comer, só queria água porque o sol estava literalmente me matando. Onde estão minhas árvores cariocas?

Ainda tinha mais um lugar para visitar: Palácio da Alvorada, a casa do presidente.

È um lugar um tanto quanto longe. Foram umas voltas infinitas por estradas sem nada. Encontramos pelo caminho a ponte recém-inaugurada Juscelino Kubitschek. 


Olha como o tempo desse lado da cidade estava escuro. Dá uma olhada nessa água toda. Parece um mar né? Mas não é! Lembrem-se que Brasília não é litorânea. Essa simpática água vem do Lago Paranoá.


Acabamos de ver um céu escuro né? Agora vamos olhar para o outro lado. Uhum, que loucura né? Tá vendo, não é só o tempo carioca que é indeciso. 


O Palácio da Alvorada é muito bonito. Nós não fomos ao Palácio em si, mas desde o jardim, que inclusive tinha o gramado tão verde quanto o do Congresso, dava pra ver que é um bom lugar para o presidente passar se tempo.Nessa água aí tinham umas carpas bem gordas. Se eu morasse aqui iria ficar com os pés na água o dia todo.


Quem entende um pouco de política sabe que na casa dos chefes de governo sempre há uma guarda né? Por exemplo, no Palácio de Buckhingam há os oficiais que ficam com esse espanador horrível na cabeça.


Aliás, vocês sabiam que a troca de guarda é um dos maiores atrativos turísticos da Grã Bretanha? É um baita evento que ocorre todos os dias às 11h 30.


Aqui no nosso lindo país, temos os Dragões da Independência que ficam ali em pé grande parte do dia, sem sorrir, bocejar ou coçar o olho. E ainda tem que aturar os turistas tirando fotos com ele como se fossem papagaios do zoológico do Rio.


Não posso falar nada porque olha eu ali na foto.


Na onda da piada fizemos até a dança do siri diante da casa do presidente.


Adivinhem qual foi o próximo passo? Entrar no ônibus! Nem os safáris na África são esse entre e sai, até porque se sair muito não volta né? Pode virar almoço de leão.


Bom, agora acho que todos já estavam cansados desse intensivão de visitas e decidimos voltar ao hotel.

No caminho ainda passamos pelo Palácio da Justiça que é absurdamente lindo com essa queda d’água transparente.

Depois de alguns minutos chegamos ao setor hoteleiro. Olha quantos hotéis um atrás do outro.







Ufa chegamos ao nosso hotel. Fui logo tomar banho e trocar de roupa.


Aproveitei depois para descansar um pouco na piscina do hotel.


Nossa que dia! E ainda nem tinha começado.  Mais tarde seria a premiação e eu iria descobrir que meu projeto teria ganhado em primeiro lugar. Essa emoção é muito forte pessoal, por isso vai ficar para um próximo post. Convenhamos que ele merece ser bem desenvolvido né? Vamos reservar então um posto só para a premiação.

Prometo que vou escrever em um tempo menor que levei para escrever esse. Enquanto isso vocês fiquem em paz. Hoje é domingo e aproveitem para descansar bastante porque segunda- feira é um pulo e vocês sabem: vivemos em Tempos Modernos.



Paz!

Onde eu não estou, as palavras me acham. 
Manoel de Barros







































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