segunda-feira, 23 de julho de 2012

Na fonte da nostalgia bebemos rock n' roll


Olá pessoas bonitas e simpáticas! Como estão as vibrações de nosso espaço sideral?


Estou muito feliz em poder estar aqui conversando com vocês. É bom estar de volta. Isso me lembra daquela música da Elba Ramalho que tocava em alguma novela... Qual o espanto galera? Elba Ramalho é cultura rs. 


Aliás, nunca contei de onde vem essa minha veia musical né? Vem da minha família, principalmente da minha mãe que sempre fazia as faxinas em casa escutando músicas e de todos os gêneros.

Ela passou por todas as épocas e estilos, desde Michael Jackson até Zezé de Camargo e Luciano. Na minha casa sempre teve música tocando o dia todo, minha mãe tinha aquelas fitas k7, quem lembra? 


E tinha também disco de vinil, uma coleção imensa. Eu, como boa criança, educada e curiosa, ficava ouvindo as músicas da minha mãe e pegando o gosto pela música. 

Inclusive minha mãe até me deu 3 vinis que eu sempre pedia pra ouvir:

1. Do Balão Mágico.

2. Tina Turner.

3. ABBA.

Desde essa seleção já dava pra ver para qual tipo de música eu caminhava em direção.

Quando eu ia até a casa da minha avó, ela também sempre estava ouvindo música, no rádio ou nas fitas k7. Então, vocês podem ver que é uma cadeia musical. Minha avó escutava música e passou para a minha mãe e meus tios e que me passou.

Minha avó era fã do Elvis Presley que pra quem não sabe é e sempre será o Rei do Rock. 


Eu conheço pouco do Elvis, gostaria de ter vivido em sua época de sucesso, na descoberta dos ritmos, na efervescência do rock, em todo aquele movimento que abriu tantas portas e influenciou tantos ritmos e bandas futuras. 

Gente e eu nem contei um sonho que tenho de vestir uma roupa do Elvis. Sempre quis! As suas roupas eram tão produzidas e únicas que acho que qualquer um tem vontade de ao menos uma vez usar algo semelhante.


Minha mãe me disse que quando jovem ela usou roupa estilo Michael Jackson porque era a moda da época. Assim que lançou Thriller e que revolucionou a forma de produzir os videoclipes . Imagina só que bacana pessoal!


Hoje só vemos isso nas festas dos anos 70,80 e 90 e me arrisco a dizer que não temos muita novidade no mundo musical. São mais recreações e coisas repetidas. Naquela época acho que a coisa era mais criativa, até porque não tinha todo o avanço da tecnologia e as facilidades que temos hoje.

As pessoas das gerações passadas viviam mais no mundo das ideologias, pensavam mais e refletiam no viver e suas consequências para o mundo em que vivemos. Era uma época em que a preocupação era com a cor da meia do baile aos sábados ...


... e quando a Madonna iria lançar uma nova moda de sutiã.


Hoje nosso papo se resume a quantos morreram na Síria, nas enchentes no Japão, nos problemas da educação mundial, na Copa ... Que coisa chata né? Onde está o Dr. Emmett Brown para reverter a máquina do tempo e ao invés de ir de volta para o futuro irmos de volta ao passado?


Quem aí topa voltar aos tempos de lei it be com os Beatles?


 Ou da Tropicália?
Seria uma boa né?

Aliás, esse sentimento de poder voltar ao passado não é recente, há muito se tem os conceitos, por exemplo, de ‘retrô’ ...


... ou ‘vintage’ que remetem aos tempos passados.


Agora a moda do passado é o instagram né? 


Que traz efeitos que em sua maioria transforma a foto new pra old. 


Eu acho legal esse programa, mas só os tablet ou aqueles celulares modernos que aceitam o sistema. Aposto que daqui a pouco ele será difundido aos demais aparelhos e quem sabe uma versão no pc.

Voltando à música, minha me disse que quando bebê eu só dormia se tivesse algum som perto, então ela colocava um rádio ao lado do meu berço e eu dormia tranquilamente. E acreditem, até hoje eu durmo com fones de ouvido escutando música. Conheço gente que só dorme se tiver tudo em silêncio. Como diz minha mãe: cada louco com sua mania.

Essa semana meu irmão veio dar uma geral no meu notebook, ele é técnico em informática, então regularmente verifica se está tudo ok, e ficou com a boca aberta quando viu que eu tenho mais da metade da memória do computador só de música.


O que eu posso fazer gente? Eu respiro música. Música serve pra muita coisa na vida. Por exemplo, para estudar, para dormir, para puxar papo no ônibus, para paquerar... nesse último quesito eu estaria perdido porque vocês sabem, eu escuto música asiática.

- Imagina: que tipo de música você curte?
- Ah, eu gosto de pagode, samba, eletro... e você?
- Eu? Música sul coreana, japonesa, árabe...
- O.o Legal !

Bom, mas deixemos bem claro que não é porque não escuto muita música nacional que eu não admire e identifique o bom trabalho dos excelentes artistas brasileiros. E conheço muitos como disse, só não fazem parte da minha tracklist diária. 

Eu até tenho uma tracklist nacional porque quando meus amigos chineses me pediram músicas em português eu selecionei algumas. Convenhamos que cada um tem o seu estilo e uma melhor identificação com cada tipo de música ou de roupa ou até mesmo da forma de enxergar a vida e é justamente essa diferença que nos torna únicos.
Se somos diferentes nos estilos, em especial o musical, que é nosso tema de discussão hoje, o que temos que ser iguais é no respeito em tratar o gosto de cada um.

Eu sou carioca, o samba e o funk reinam por aqui. Nenhum dos dois faz muito meu tipo, mas respeito ambos como gêneros musicais que representam a identidade carioca. E olha eu até tenho tracklist de samba e funk. 

É verdade. Há um bom tempo eu tenho conta numa rede social de compartilhamento de música chamado 8tracks e lá eu mantenho algumas tracklists muito diversas. 


Pra quem curte música, seja qual tipo, o 8 track é incrível porque você encontra tracklist de pessoas do mundo todo e foi esse um dos fatores que me conduziu a fazer uma conta ali.

Eu comecei tímido, fazendo uma tracklist de Kpop, depois claro reverenciei a minha linda nacionalidade e fiz uma de música brasileira. Em seguida, a minha multiculturalidade falou mais alto e fiz uma de música francesa, japonesa, espanhola, chinesa, italiana... acabei fazendo uma de funk, carnaval, samba e música nordestina afinal eu sou brasileiro acima de tudo .

O esquema do 8 tracks é o seguinte, você tem que fazer uma lista de no mínimo 8 músicas e divulgar daí as pessoas curtem as suas músicas e você curte as delas. Simples. Não tem segredo.  Você pode acompanhar quantas vezes sua tracklist foi tocada e quantas pessoas a curtem.

Pra quem é viciado em música, como eu, é uma boa pedida. Ainda não está tão famoso no Brasil, mas em outros países já é bem conhecido.

O segredo está em curtir e compartilhar suas músicas, suas ideias, suas opiniões, estar em movimento, ver o mundo girar... Se lembrar da infância e reviver o passado.

Não sei vocês, mas eu gosto muito de me lembrar do passado. Já gostei mais, eu tinha agendas onde escrevia tudo que acontecia. Era um guardião de memórias. Quem conhece o livro?


Eu acho bacana você se olhar como era há 10 anos e agora como está. Se conquistou seus sonhos, se ainda há o que conquistar. Atualmente não tenho mais agendas por causa da rotina que não me permite, e com a tecnologia, olha só no que minha agenda se tornou: no nosso querido blog!

Podemos dizer que a agenda evoluiu de conceito e além de contar as coisas só para mim eu conto para todos, o que aconteceu no dia, na viagem, e vamos pensar, é esse o mesmo processo que passa um artista para escrever uma música, concordam?

Eles escrevem, no momento só para eles, de uma situação ou de uma experiência e depois divulga onde o sentimento individual passa a ser universal. Olha que tudo se encaixa!


Podemos dizer então que um cd é um tipo de diário porque guarda lembranças, momentos e memórias.

Eu me lembro de que vi uma entrevista da Amy Lee, vocalista de uma das minhas bandas favoritas, Evanescence...


... em que ela disse que escrevia segredos no diário e que no momento não queria que ninguém os visse, e que posteriormente, eles não eram mais segredos, se tornavam as letras de música da banda.

É uma conexão bacana entre passado e presente, sentimento e emoção.

Quando eu estava na quarta série do ensino fundamental, minha professora de português nos incentivou a fazer um livro de recordações e acreditem, eu tenho esse livro até hoje. O preservei como um tesouro, talvez porque ele é uma parte minha.

A dinâmica do livro era em toda a semana escrevermos alguma coisa que tivesse relação com um tema proposto pela professora.

Tem a minha biografia, a história do meu nascimento e algumas atividades de prática de redação. Eu sempre fui bom em português e gostava muito da disciplina, por isso levei a sério todo o processo de confecção do livro.

No início do mês eu encontrei esse livro e estava lendo e rindo, porque dá um pouco de vergonha ver o que você escreveu há 13 anos. Li para a minha mãe e ela achou uma preciosidade.  O bom é que fiquei orgulhoso de mim mesmo porque nos meus textos não há erros de português.

Para finalizar nosso papo de hoje eu vou compartilhar com vocês a ‘Biografia do Autor’.

Quem se lembra do primeiro texto que eu escrevi no blog? Dá pra comparar com esse aqui e ver o que mudou.

E. M. Décio Monteiro Soares
Data: 09/02/1999
“Meu nome é Jonathan, nasci na cidade de Nova Friburgo, tenho 11 anos e faço aniversário no dia 25 de agosto. Meus pais se chamam Regina Rocha e João Elias. Já tive as seguintes doenças: caxumba, catapora, infecção de urina e adenoide. Uma arte que eu já fiz foi fazer um baticum cedinho na rua. Até hoje só estudei na Escola Décio Monteiro Soares e estou fazendo a 4ª série, ou seja, a segunda fase do segundo ciclo. As professoras que mais me marcaram foram: Ana Cláudia, Luciane, Rozângela, Roberta e Valéria. Na escola tenho dificuldades em matemática e geografia. O que mais gosto de fazer é estudar, passear e ir ao shopping. Meus melhores amigos são: Juliana, Luiz Diego, Nathália e Raquel. E Quando crescer pretendo ser médico ou advogado”.

"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." Nietzsche






domingo, 15 de julho de 2012

Premiado no Céu Azul

Bom dia galera! Como vocês dormiram? Bem? Mal? Quem ficou até tarde assistindo ao filme do Free Willy? Minha mãe ficou.


Eu dormi cedo e hoje pela manhã acordei e fui andar de bicicleta. Ahhhhh me encanta andar de bicicleta! Sempre que posso, aos domingos, eu saio para dar uma voltinha. Só aos domingos que posso e pela manhã, porque durante a semana o trânsito de Friburgo vira um parque a la carrinho bate - bate.


O trânsito de qualquer cidade está se tornando uma loucura né? A cada dia tem mais e mais carros e as antas dos governantes não enxergam que podemos fazer muito mais com muito menos.

Grande parte da população quer viver uma vida mais saudável e o uso da bicicleta é muito mais barato que qualquer carro que seja, por mais popular. Economiza no combustível, reduz o trânsito infernal, ajuda na saúde cardiovascular e deixa as pessoas mais felizes respirando um ar mais puro. Quem só vê benefícios nessa troca levanta a mão.


Pois é meus amigos, mas deixamos a indignação de lado e vamos finalizar nossa viagem a Brasília? Hoje é o nosso último dia na capital do país e quem se lembra de onde paramos?

Descansando na piscina do hotel na sombra do boi ...


... e ansioso pela noite que nos reservava grandes surpresas.  E põe surpresa nisso. Na entradinha da tarde, já começamos a nos arrumar porque teríamos que ir para o local da cerimônia às 6 da tarde para efetuar um pequeno treino de como seria tudo.

Lembram-se das camisas exóticas que éramos obrigados a usar? Tínhamos que usá-las na premiação também! Eu sei, até eu fiquei surpreso quando soube. Bom, mas o que fazer né? Coloquei uma camisa por baixo para dar up grade até porque gente, iríamos a uma premiação com a presença de autoridades e tudo mais, ou seja, tínhamos que estar apresentáveis.

A minha equipe tinha determinado um rodízio das cores e só nos faltava usar o verde fluorescente. Melhor que o laranja né? Ao menos o verde combina com a cor dos meus olhos.

Seis da tarde, todos estávamos reunidos no saguão do hotel esperando a equipe de eventos que nos levaria até o local da premiação. Só para situar melhor, iríamos à premiação, voltaríamos, dormiríamos e iríamos embora na manhã do dia seguinte.

Galera reunida, partiu cerimônia, como dizemos aqui no Rio.  A expectativa era grande e abatia a todos. Não sabíamos se teríamos que fazer discurso, explicar o projeto ou nada. Tudo era mantido em segredo. Eu estava tentando ficar calmo com minhas técnicas milenares de meditação asiática.

Depois de fazer o trajeto parecido com o que fizemos rumo à casa do presidente, chegamos finalmente ao local: 

Sede recém inaugurada do SEBRAE Brasília.


Meu povo! Que lugar lindo é esse? Nem sei quantos metros tem, só sei que é gigante. Deve ter uns 50 escritórios e todos espelhados. É tudo trabalhado na modernidade. Tem fonte e tudo.


Eu e meus colegas ficamos imaginando o CEFET Friburgo naquela estrutura toda. Que lindo seria ! Logo na entrada, paramos para tirar uma foto. Essas aí eram minhas concorrentes na mesma categoria: Inclusão Social. Aliás, eram super simpáticas e bem educadas. Eram do norte se eu não me engano. Sabemos que as pessoas do norte são muito bem educadas de acordo com as tradições passadas de geração em geração.


Voltando à premiação, chegamos e fomos direcionados ao auditório. Lá encontramos a equipe do MEC que explicou por alto mais ou menos como a cerimônia iria caminhar.  O que foi explicado era que quando nos chamassem era para subirmos pela direita de um a um. Lá, no palco, iríamos receber um troféu e um cheque, tiraríamos foto e desceríamos.


Só isso? Ok. Fizemos uma simulação...


 .. e voltamos ao pátio central para esperar a hora da cerimônia, que seria às 7. Quanta ansiedade. Ficamos no pátio admirando a estrutura bacana do prédio.


Ohhhh que lindo. A equipe do SEBRAE Rio veio nos ver!


Que bonita atitude. Eu me lembro de que quando fui entregar o projeto no escritório do SEBRAE Friburgo, a funcionária que o protocolou me disse que na edição do ano anterior, a equipe do Rio tinha ganhado o terceiro lugar e eu lhe respondi que nesse ano a equipe do Rio venceria no primeiro lugar. Ela ficou feliz e disse que torceria muito pela nossa equipe. Pelo visto torceu muito.

A diretora do CEFET Friburgo, Fernanda, e a gerente acadêmica, Isabel chegaram também.


Ficamos reunidos cada um com seu clã.


Não demorou muito para que nos pedissem para assumir nossos lugares no lado direito do auditório enquanto finalistas do Prêmio SEBRAE 2010. Os convidados ficariam do lado esquerdo.


Auditório lotado. Não cabia mais ninguém. Já eram quase 8 da noite. Porque essa bendita cerimônia não começa? Meu estômago já tinha virado o Jardim Botânico e estava cheio de borboletas que voavam de um lado ao outro. A professora Camila nos fez, ainda no hotel, repassar um pouco sobre o projeto caso fosse necessário explicar alguma coisa. Estávamos prontos.


De repente começamos a ouvir uma gritaria, uma voz que se elevava diante das outras. Ai meu Deus! Era só o que faltava, barraco na cerimônia. Começamos a olhar em volta e procurar de onde vinha essa voz, então surgiu pela porta de entrada uma pessoa muito conhecida de todo o Brasil. Ninguém mais ninguém menos que a atriz Fabiana Karla em seu personagem Lucicreide, sucesso no programa Zorra Total da rede Globo.


A cerimônia tinha começado. Ufa! Até que enfim! Lucicreide fazia as honras da casa contando suas piadas e nos fazendo relaxar diante de toda a ansiedade que rondava nossas mentes.


Depois de uns 30 minutos de diversão e risos, Lucicreide se despediu e entrou um vídeo com o hino nacional. Momento de celebrar a pátria.


Eu já falei que amo o hino nacional brasileiro? É sem dúvida o mais lindo de todos. Todo bem escrito e com uma melodia e letra que nos faz querer dar o grito do Ipiranga.


Após o emocionante momento de celebração do hino entrou uma moça com um bonito vestido preto pelo palco e iniciou os processos formais da cerimônia. 


Opa, mas peraí, eu conheço aquela mulher ali. Dá foco produção. Caramba! Mas é a mesma atriz que acabou de entrar aqui como faxineira. Que magia é essa? Muito bacana essa ideia!


Pelo jeito ela seria nossa cerimonialista. Ela começou agradecendo a todos os presentes e apresentando as autoridades. Tinha desde secretários dos ministérios até ao presidente do SEBRAE , Paulo Okamotto que fez um discurso bacana parabenizando a todos os participantes do prêmio.


Logo após o discurso começamos com a entrega dos prêmios. Mas já? Calma aí, nem me preparei psicologicamente para tal ato. Para felicidade geral da nação, a categoria que estava concorrendo era a penúltima.

A atriz nos convidou a assistir a um vídeo no telão. Ave Maria! Mas o vídeo é igual ao que fizemos naquela noite líquida banhada a suco de acerola. Ahhhhh, agora entendi porque fizemos aquele bendito vídeo. Nem lembrava mais o que tinha dito na gravação. As borboletas viraram pombos.

A dinâmica de entrega dos prêmios seria a seguinte:
Categoria Técnico:
- Tema livre;


- Inclusão Social;


- Cooperativismo.


O mesmo esquema aconteceria com a categoria ‘Tecnólogo’ na qual eu estava inserido no tema inclusão social. Faltava muito, vamos reparar nos vídeo dos outros.

Depois das entregas da categoria ‘técnico’ deu pra ter uma ideia de como funcionava tudo. Graças a Deus não tínhamos quem falar nada tampouco explicar qualquer coisa. Passava a entrevista de todas as equipes e então a categoria subia no palco, sempre de 3 em 3. Lá, era desvendado, pela atriz comediante quem tinha ficado em 1º, 2º, ou 3º lugar.

Chegou o momento! Ai meu Deus! Tão rápido. Entrou nosso vídeo no telão.


Eu disse isso? Não lembrava. Hora de subir ao palco. Essas pessoas todas estão me olhando? O mundo tá girando mais rápido ou é impressão minha? De onde vêm essas vozes? Não conseguia entender nada que a atriz falava. Não estava no Pico da Neblina, mas minha cabeça tinha uma pressão louca.


Saiu o terceiro lugar.


Não era a minha equipe. Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus! Que que eu faço? Natalia gritou de felicidade, a professora Camila me disse: “Bom, não estamos em terceiro”. “É eu já reparei”, pensei.

Próxima posição. Mas já? É agora, se ficarmos em segundo não ficamos em primeiro, se não ficamos em segundo ficamos em primeiro. Minhas mãos suavam, aonde eu devo colocá-las? E em segundo lugar ... a atriz pediu a música tema do filme tubarão. Quem foi a mula sem cabeça que inventou de tocar essa música? PeloamordeDeus!


Meu coração fez jus a minha carioquice e vibrava como a bateria da mangueira.
“Eco Fashion: Um novo conceito sobre a moda”. 

Jeeeeeeeeeeeeeeeeeeesussssssss! Estamos em primeiro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não acredito, não acredito!!!!! Espero que tenha um médico na plateia porque vou ter um ataque do coração.  O povo gritava:


Momento foto. 


Não dava para acreditar, ou dava? Ficamos em primeiro lugar! É isso mesmo produção? Que felicidade! Vocês estão sentindo? Aposto como estão vibrando comigo. Não? Ah , então acompanhem com o vídeo todo o processo.


Agora sim né? Viu como eu descrevi bem a situação? Foi uma das maiores emoções da minha vida. Fiquei muito feliz em ganhar em primeiro lugar um prêmio nacional que com certeza me abriu muitas portas e me deu uma base super larga na minha bagagem profissional.

Depois que fomos premiados, voltamos para nossos lugares, recebi as felicitações do meu colega de quarto e das outras equipes. Estava sorrindo como ator em entrega do Oscar. Aliás, a emoção é a mesma.


Assistimos a entrega da ultima categoria, já felizes, relax e loucos para comemorar e foi o que aconteceu a seguir. A atriz encerrou a premiação e nos convidou para uma festa que estava tendo no espaço ali fora. Festa? Onde? Tô dentro!


Juntei minha equipe e seguimos rumo à festa. Quando adentramos ao espaço reservado para a comemoração nos deparamos com uma super pista de dança com DJ particular, Buffet, máquina de tirar foto em grupo... Caramba! Isso é um sonho.


Dj play the song! Hoje a noite é nossa. Nem queria ver comida na minha frente, eu estava mesmo a fim de celebrar, afinal eu tinha acabado de ganhar um prêmio nacional e em primeiro lugar. Não é pra qualquer um né? Estava ligado no 220 como dizem. Tudo que tocava eu dançava. Até gênero musical que não sou fã. Meus amigos ficaram impressionados como eu não conseguia parar.



Não tenho ideia de quanto tempo fiquei ali dançando. Meus amigos comeram, beberam e eu continuava com a galera celebrando. Todo mundo estava feliz, sem se importar quem tinha ganhado em primeiro ou não.

Já dizia o ditado ‘tudo que é bom dura pouco’, depois de umas duas horas que estávamos ali, a equipe do MEC nos informou que teríamos que voltar para o hotel, para já ir preparando as malas e arrumando tudo porque afinal nosso voo sairia às 9. Eu não estava preocupado mesmo, minhas malas já estavam arrumadas. Todos sabem que sou precavido de natureza.

Pedimos um sambinha ao DJ para deixar o marco do Rio na pista e fomos embora. Pedi à equipe do MEC para Fernanda e Isabel poderem nos acompanhar no nosso ônibus VIP. Não iriam negar esse favor a um recém premiado né?

Equipe reunida...


 ... e lá fomos nós felizes e sorridentes de volta ao hotel. No salão de festas do hotel estava tendo uma social e até cogitamos participar, mas se o fizéssemos não estaríamos aptos a acordar às 7 para ir ao aeroporto.

Fomos para nossos respectivos quartos. Meu colega, que tinha ganhado em 2º lugar decidiu celebrar com chandon na piscina, me convidou, mas decidi dormir.

Aproveitei para dar uma olhada em Brasília à noite e me despedir. Parecia um mar cheio de estrelinhas brilhantes. Deve ter sido essa a ideia dos projetistas da cidade, deixar tudo plano para ser admirada pela noite.

De tanto ter dançado e celebrado meu prêmio, dormi que uma beleza. 

Acordei às 6 e já fui ajeitando tudo porque nem café iríamos tomar. Tomei banho e troquei de roupa. Meu colega de quarto estava dormindo tranquilo porque iria pegar o voo à tarde. Nem me atrevi acordá-lo para me despedir. Deixei um bilhete agradecendo a companhia durante o evento e desejando sucesso, afinal sou carioca, simpático desde o parto.

Tudo pronto. Hora de sair. Foi então que surgiu uma pedra em meu caminho como dizia Drummond. O quarto e todo o sistema de luz era acionado por dentro, através de um cartão magnetizado. Eu preciso entregar o meu cartão à recepção para fazer o check out, se eu tirar o meu cartão o ar condicionado vai para o brejo. E preciso dizer que já estava um calor digno de Copacabana.


O que fazer?Acordo o meu colega, me despeço e o aconselho a colocar o seu cartão para não morrer torrado com o calor ou, o deixo descansado na paz do Senhor aproveitando para fazer um bronzeamento artificial? Façam suas apostas senhores.

Quem optou pela alternativa 2 ganhou! Gente, ele é nordestino, tá mais acostumado com o calor do que os coqueiros da praia de Fortaleza e com certeza preferiria dormir e descansar porque a viagem até o nordeste seria mais longa do que a minha até ali ao Rio em duas horinhas.

Sai do quarto com a sensação de ter feito uma boa escolha e fui realizar o check out. Encontrei com a minha equipe que já estava pronta para regressarmos ao nosso lar: Rio.

Chegamos ao aeroporto rapidinho. Como bons profissionais de turismo, o check in foi realizado com sucesso e dessa vez como chegamos adiantado foi possível selecionar as poltronas. Optamos por todos juntos.

Nosso voo sairia em 50 minutos. Ah, vamos dar um rolé pelo aeroporto. Se você não é carioca e não sabe o que é rolé ou rolê, eu ajudo com significado do dicionário in formal:

Sinônimos:   passear , volta , sair , passeio

 Olha que bacana a nossa foto com a arara azul.


O tempo passou rápido e já estava na hora do embarque. Dá uma olhada no nosso avião chegando lá atrás.


Vamos voar de Gol.  “Dessa vez eu vou registrar tudo”, pensei.

Já dentro do avião.


Quem acompanha essa viagem desde o início vai perceber uma larga diferença. Larga, é essa a palavra. A aeronave da Gol é bem larga, diferente da Webjet.


 Senhores, apertem os cintos. Decolando. Registrei tudo.


Olha que bacana o avião subindo.


Que sensação gostosinha.


Opa, ele tá virando. Calma gente, muita calma nessa hora.


Ufa, estabilizou.

Olha que lindo os campos verdes ali embaixo.


Olha as nuvens que perto estão.


Ih gente essas nuvens estão perto demais.



Ok, tá bom pessoal, já vi o bastante.


Nesse momento decidi fechar a janela, já estava muito alto para a minha fobia à altura. Quando ele baixou um pouco mais eu abri e consegui registrar Goiás, toda verde lá embaixo.


Olha uma cidadezinha.


Meu Deus, aquilo ali são rios? Se daqui de cima eles são grandes imagina de baixo.


Já adentramos a solo carioca.


Preparados para ver uma paisagem única nas suas vidas? Eu fiquei bobo com essa beleza e até me esqueci da altura em que estava.


Essa perfeição de Deus aí é a linda cidade de Angra dos Reis, mais específico, estávamos voando sobre Ilha Grande, no litoral fluminense. É um conjunto de ilhas que formam quase um arquipélago.


Eu , graças a Deus, conheço essa formosura e tenho muito orgulho de que ela esteja no meu estado.Vamos continuar olhando. É lindo né? Eu sei.


Deixamos Ilha Grande para trás e em apenas alguns minutos eu avistei mais uma perfeição divina. A Baía de Guanabara.


Ehhhhhhhhhhhh! Chegamos!

Brasília pode ser linda, mas o Rio é a cidade maravilhosa né? Dá licença.

Registrei cada movimento da aeronave sobrevoando o meu lindo Rio. 

Vejamos uma sequência.








Olha a gente pertinho da ponte Rio Niterói.


Descendo galera!


Opa vai tocar o chão. Olha que legal esse compartimento da asa que abre para ajudar a reduzir a velocidade.

Enfim em casa.

Já com nossos devidos pezinhos no chão, fomos recebidos pelo Rio 40º .

Ah, estava tão feliz que nem queria reclamar do calor. Eu estava de volta a casa e com um troféu de um prêmio nacional. A felicidade se misturava ao meu sangue e corria por minhas veias.

Uma van da mesma empresa que nos levou veio nos buscar e seguimos em direção à linda Nova Friburgo.  Deu até parar tirar uma foto dos cruzeiros ancorados.


E alguém reparou naquele céu lindo, azul e perfeito ali de fundo? Ele está mais azul ou é impressão minha? Foi o meu segundo prêmio do mês, um céu azul brilhando todo pra mim.


Talvez estivesse, não sei. O que sei é que a experiência que tive em Brasília foi única e não só na minha vida, acredito que na vida de todos que ali estiveram e quem não esteve agora pode sentir um pouco do que vivi e compartilhar nem que seja com suas próprias mentes.

Bom pessoal, chegamos ao fim de nossa aventura brasiliense. Foi longa, mas foi divertida, fala a verdade.  Ah, não chegou ao fim de nossas experiências, temos muitas viagens realizadas e a cada dia vivemos uma situação nova, e claro, digna de ser postada.

O mundo gira meu povo, não vamos ficar parados. Fui!


Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria.
Jorge Luis Borges