sexta-feira, 15 de junho de 2012

Curitiba Gelada. É pra beber?


Muita coisa pra compartilhar, mas seguindo a filosofia dos serial killers ‘ vamos por partes’. rs.
Hoje acordei me sentindo o iceberg do Titanic. Eita frio!!!!  Mas prometi não reclamar mais do frio desde minha experiência em Curitiba e o post de hoje vai ser a primeira parte dessa experiência.

Ok eu moro na serra, nasci no mês de agosto, já estou mais do que acostumado com o frio.  Só que nessa onda louca de problemas climáticos as estações estão fora de controle, e o Brasil que sempre teve suas estações bem definidas agora se tornou um país de clima extremo. Quando é frio é a la ‘ A Era do Gelo’ e quando é calor é a la ‘ Inferno de Dante’. Deu pra sacar?  Semana passada ocorreu minha última visita técnica até o momento. Foi com o CEFET também. É , eu sei que já sou formado, mas essa visita fazia parte de uma disciplina “técnica de condução de grupos” que fiz e pude então complementar o aprendizado com essa visita. A visita foi extensa e muito aguardada por todos. Seria a primeira viagem internacional do CEFET/RJ aqui de Friburgo.  O itinerário seguia assim: 
1º Curitiba
2º Ponta Grossa
3º Foz do Iguaçu
4º Paraguai
5º Argentina
E ainda foi incluída uma visita a Aparecida do Norte na volta. Quanto tempo de viagem? Umas 20 e tantas horas. Sim, fomos de busão. Sem reclamar, como diz a diretora da unidade e professora da disciplina: ‘turismo é isso aí’. Tirando o cansaço, tudo valeu muito a pena. Essa visita é muito longa e vai dar uns 5 posts. Hoje vamos falar de Curitiba e retomar o tema ‘ vida de pinguim’. Desde que aprendi a usar a analogia nunca mais parei \ o / . Whatever.

Como estava dizendo, eu, de origem serrana, sempre ouvi dizer que o sul do país é mega frio. Coloquei na mala três casacos e uma jaqueta. Um cachecol e muitas meias. A viagem de Friburgo até o Rio foi tranquila. Como de costume saímos pela noite. Estávamos sem atraso. Do Rio a São Paulo tudo ok também. Já viajei muitas vezes para São Paulo, mas nunca fui recebido por tanta chuva como dessa vez. 
As avenidas estavam alagadas e o famoso trânsito paulista pronto para atacar. Levamos umas boas horas por ali até conseguirmos sair do domínio dos carros. Primeira parada. Foi em uma dessas lojas de conveniência da Dutra, Graal. 

Eu gosto de chamá-las de ‘lojas do desespero’ porque, meu povo, TUDO ali é absurdamente caro! 4,50 por uma garrafa de água? 7,00 por um misto quente onde o misto estava tão quente que o recheio saiu correndo e só sobrou uma fina camada de massa que eles chamam de duas. Isso é loucura. Então, 1º só para ali quem está muito desesperado, não levou um lanchinho na mala e está verde feito o hulk de fome.2º Economizou o ano todo pra fazer a viajem e que se dane o preço eu quero é me divertir. 3º Usar a parada para ir ao banheiro. O meu caso é sempre o terceiro. Além de ir ao banheiro aproveito para esticar as pernas e ver as pessoas. Tem gente que gosta de observar pássaros, eu gosto de observar pessoas. rs.  A verdade é que sempre levamos mais tempo que queríamos nessas paradas . 


Dessa vez, desci comi minhas 5 maçãs (se deixar como 1 kg brincando) , e fiquei de boa com minha amiga Luana Coelho sentados no banco vendo a cara e procedência das pessoas. Me lembro que passou uma mulher com um perfume estranho e Luana e eu concluímos que o perfume era essência de Sabão OMO. rs. Aliás Luana focou mesmo foi num cara que sentou ao nosso lado e iria para Florianópolis. Ela cismou que era o futuro pai dos seus filhos. Coisas de gente feliz que acabou de ir ao banheiro. Depois dessa parada seguimos rumo ao infinito.Foi o que pareceu porque, meus amigos, não chegava nunca! E era apenas o começo. 


Dando um salto digno de “A Lagoa Azul”, (onde a nadadinha no mar faz as crianças se tornarem adultos dourados e saudáveis), chegamos a Curitiba!Fomos recebidos pela simpática chuva que parece que nos acompanhou desde São Paulo. Já dentro do ônibus era possível sentir a mudança de temperatura. Já assistiu a Harry Potter e O Prisioneiro de Azkaban?Não tem os Dementadores, que sugam a alma das pessoas e faz com que a atmosfera se torne gelada? É, foi mais ou menos assim que aconteceu. A primeira impressão de Curitiba foi ‘ wow que cidade organizada’. E a cor dos taxis! Putz, curti muito a cor laranja do taxi.

Não demorou a chegar ao hotel, ficava na Praça Tirandentes, centrão de Curitiba. Assim que desci do ônibus eu fui atropelado pelo vento que nem deu tempo para anotar a placa. Peguei minhas malas e entrei correndo para o interior do hotel. Lá estava melhorzinho, mas continuava frio. Me forcei a lembrar em qual estação estávamos. Era inverno? Não sabia, mas a sensação térmica indicava fortemente que SIM. Check - in feito subi com as malas para o sétimo andar. Uff, finalmente um lugar quente. O quarto tinha calefação e estava quentinho. Como sempre faço, abro a janela para dar uma olhada por alto da cidade, tirar uma foto e postar indicando que estou vivo. Abri a janela e desde o sétimo andar, levei meu segundo golpe do dia.


A palavra se define em frio e põe frio nisso. Abri o note e busquei o clima tempo. Temperatura 02 graus. Levei um susto e logo fui verificar se no closet havia um estoque de cobertores me esperando. Não digo estoque, mas havia dois bem grandes.  Outra ação típica depois de desfazer as malas é começar a ligar para os amigos e saber se o quarto deles é legal. Liguei para uns 5 amigos e os quartos estavam OK, todos falaram do frio e combinamos de depois de tomar um bom banho para tirar as ações das tantas horas de viagem sairmos para fazer contacto com os nativos ( termo costumeiramente usado por minha pessoa) e comermos alguma coisa porque a fome já dava sinais de vida, ou diríamos de morte? O banho foi excelente! Santo chuveiro, a água fazia massagem nas minhas costas amassadas pelo banco do ônibus. 

Limpo e bem agasalhado fui buscar meus amigos para cariocamente darmos um rolé pela cidade. A Praça Tiradentes é um lugar bem bacana, tem uma igreja linda e prédios muito bem feitos com uma arquitetura digna dos clássicos europeus. 



Em apenas alguns segundos identifiquei um de meus principais objetivos em conhecer Curitiba: o sistema de transporte. É tão famoso pelo país que acaba gerando uma baita curiosidade. Logo em frente a um monumento, que me esqueci de identificar quem era, há uma parada de ônibus e ali estava aquele formato estranho redondo, um tanto longo onde as pessoas esperavam.


A curiosidade aumentou, obriguei meus amigos a esperarem uns 10 minutos até o ônibus chegar. Eu tinha que ver por onde aquelas pessoas entravam e como o ônibus alcançava aquela altura. Depois de alguns minutos lá vinha o ônibus aparentemente normal e eu foquei bem para ver por onde iriam entrar todos, o ônibus parou com uma habilidade minuciosamente geométrica ,o objeto de vidro se abriu e as pessoas entraram todas uma a uma. Fiquei impressionado! Queria um desses na minha cidade.


Paramos em uma loja para perguntar onde poderíamos encontrar um lugar bacana para comer, e Natalia Spitz, minha amiga madame, ainda incluiu um lugar para compras. A mulher da loja foi toda simpática e disse que virando a esquina à direita e seguindo em frente iríamos encontrar um shopping onde havia tudo que procurávamos. Seguimos o conselho e começamos a caminhar, durante o trajeto vimos algo incomum aos nossos olhos cariocas. Uma fila de umas 50 pessoas, todas alinhadas, pensei que poderia ser alguma boate, afinal já era noite, mas não, era outra parada de ônibus . Pensei “que loucura”, mas depois de observar melhor pensei: “ que povo educado”. As pessoas esperam os ônibus todas em fila! Achei o máximo, até me deu vontade de entrar na fila.  No Rio não existe esse alinhamento militar para esperar a condução, por isso a estranheza. Depois de passar por mais uma praça, que, aliás, era muito bem composta por estátuas e um muro de azulejo, encontramos o shopping.
A Praça


O shopping

Não foi difícil achar a praça de alimentação e as famosas redes de fast food. Não era isso que queria, precisava de comida, substância rica em carboidrato e os demais fatores que nossos corpos precisam para seguir saudável. Graças a Deus encontrei um restaurante self - service onde o aspecto da comida estava ótimo. Nem vi o preço e já fui pegando meu arroz com feijão, meus legumes, um camarãozinho e uns pedacinhos de queijo gorgonzola que nunca dispenso. Nada para beber.


Queria mesmo é comer. Depois de encher meu pratinho fiquei com medo do preço, a mulher pesou e me disse 11,90. Pensei: ‘tá, cadê as câmeras? É pegadinha do malandro né?”. Impossível um prato tão bem feito ser tão barato. No Rio eu pagaria nada menos que R$ 25. A mulher me disse que o preço estava certo, então sai feliz com minha bela aquisição. Comi tudo com muito prazer e fiquei completamente satisfeito. Boa comida , em boa quantidade e com um excelente preço. Ohhhhhhhhh felicidade!


Meus amigos comeram em lugares diversos. Depois de satisfeitos propus uma voltinha de reconhecimento pelo shopping e voltar ao hotel para descansar. Proposta aceita. O shopping me pareceu normal, lojas das mesmas marcas, a única coisa que me chamou atenção foi a loja da Chili Beans. Sempre tive vontade de entrar ali e pedir para empacotar tudo que eu iria levar a loja toda. Voltamos para o hotel, passamos uma vez mais pelas filas militares. De volta ao hotel com a barriga cheia e o coração... como é mesmo o ditado?Ah barriga cheia , coração contente!Para ditados sou como o Chapolin, sempre invento um novo. Troquei de roupa , liguei o note ,atualizei meus posts e liguei a TV para dar uma olhada nas notícias. Uma das minhas coisas favoritas em conhecer outras cidades são os jornais locais,na verdade a programação local. É tão bacana! Me amarro.Aqui é RJ TV, lá é Paraná TV, até os comerciais são diferentes.Maneiríssimo. Depois do jornal fui saciar o cansaço para estar bem para o próximo dia que se mostrava longo e frio,quem me alertou foi o jornal, temperatura da próxima manhã negativa.

Bom galera, por hoje tá bom né ? Já deu pra perceber que eu escrevo sem parar, equivale a mesma quantidade e frequência com que falo. No próximo post seguimos em Curitiba e finalizamos a experiência de amizade com o sub - zero do Mortal Kombat haha.

Hasta la vista baby .

A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo
Joseph Addison.

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